Do coração e outros corações

Do coração e outros corações

quarta-feira, 7 de novembro de 2012


Nosso calor de cada dia

Todo mundo reclamando do calor. Ninguém se perguntando sobre como se engendra tanto calor.
A frase ficou estranha, certo? O calor é um fenômeno climático, independente das individualidades, da ação humana. Ligou o ar condicionado e o calor passa.
Com isso, ignoramos duas outras questões:
1) O calor é efeito da ação humana?
Muita gente dirá que vivemos uma época chamada antropoceno, isto é, época na qual o homem tem interferência direta em assuntos como o ambiente e o clima.
Claro, basta olhar o Google Maps: imagine-se um território de milhares de quilômetros quadrados, onde antes era floresta, revestido hoje por monocultura. Todo o regime de trocas atmosféricas foi abalado.
Ou senão, há quem diga que o clima ainda independe da ação humana. 
Chegamos então na pergunta 2) E a ação humana, é irrelevante frente ao clima?
Disso tudo, basta o leitor olhar para fora de sua janela: rua asfaltada, calçadas estreitas, muros altos, poucas árvores, lajes, lajes e mais lajes; ou aquela paisagem misturando laje e concreto, com árvores isoladas e muitos carros dominando o local; ou ainda aquela ilha de concreto e laje chamada “cidade”, circundada por um gigantesco espelho de monoculturas do agronegócio… ou tudo junto.
Aí o ventilador e o ar condicionado pipocam para todo lado. Todo o sistema (ar condicionado, concreto, poluição, carros…) cria um fenômeno chamado “ilha de calor“. Regiões como a do centro do Rio de Janeiro e São Paulo ficam até 10º mais quentes devido ao “sistema”. Mais calor, mais ar, mais calor…

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