Do coração e outros corações

Do coração e outros corações

terça-feira, 9 de junho de 2015

O abandono da metáfora



Chocante a reação de muit@s na leitura dessa imagem na rede social. Os/as cristãos queriam crucificar de verdade Viviany, a atriz transsexual que participou da Parada LGBT ontem, dia 7 de junho. 


Uma parte dos comentários da imagem condenou a atriz por usar o símbolo cristão e por representar Jesus. Conforme texto do Globo: Sobre essa foto e outras que envolvem símbolos religiosos — nem todas as imagens são da Parada —, o Deputado Federal Marco Feliciano publicou um texto no Facebook: “Imagens que chocam, agridem e machucam. Isto pode? É liberdade de expressão, dizem eles. Debochar da fé na porta denuda igreja pode? Colocar Jesus num beijo gay pode? Enfiar um crucifixo no ânus pode? Despedaçar símbolos religiosos pode? Usar símbolos católicos como tapa sexo pode? Dizer que sou contra tudo isso NÃO PODE? Sou intolerante, né?”.



Destaco algumas questões:

1 - a cruz - em diversas formas - existiu em muitas civilizações; não é invenção cristã.

2 - a prática da crucificação não é romana, é anterior.

3 - muitos foram crucificados com Jesus, antes dele e depois dele. 

Qual é o problema do meu ponto de vista:

Ao usar a cruz, o sangue e se comparar a Jesus, está a metáfora da violência para mostrar o sofrimento imposto aos gays pelo preconceito, discriminação, humilhação e intolerância. Metáfora! Ninguém está ofendendo nenhuma religião. Pensar significa fazer mediação e, para isso, as metáforas são essenciais. 

Simples? nem tanto, menos ainda para os fanáticos de plantão ou os sem história. 




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